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2 - Só um encontro

Seus pulsos estavam amarrados em frente a seu corpo enquanto ele caminhava, não conseguia enxergar nada desde que a mulher o vendara e mesmo assim ali estava ele, ansioso pelo desfecho de seu encontro e não havia como negar, estava cheio de desejo com as coisas que a mulher havia prometido.

A jovem havia retirado sua camisa antes de prepará-lo – como ela mesma tinha dito. A preparação consistiu em retirá-lo de suas roupas primeiramente, e então com uma tinta vermelha ela fizera inscrições pelos seus braços, costas e tronco. Não fazia ideia do que representavam, porém escolheu deixar-se levar, amava satisfazer os desejos da jovem desde na semana anterior em que haviam se conhecido em uma estranha festa.

De pés descalços ele foi guiado por um corredor um pouco frio, mas depois de ouvir um som de fechadura e ter dado mais alguns passos - para dentro do novo recinto, imaginou – sentiu que o lugar tinha uma temperatura mais agradável.

O cheiro de velas aromáticas invadiu seu olfato, sentia-se inebriado até que os lábios dela estavam em seu ouvido direito.

- Além de mim, há mais duas querido. – O timbre da voz dela era como um feitiço para ele, o que ela pedisse, ele faria com todo o prazer. – Podemos continuar?

- Sim. – A voz saindo mais grossa tamanho o desejo dele.

A venda foi retirada de seu rosto, piscou algumas vezes rapidamente para acostumar sua visão com a pouca luz que havia, estas vinham de velas espalhadas pelo chão do lugar, havia poucas, porém o suficiente para dar um clima gostoso. Pela primeira vez reparou na grande cama a sua frente, duas outras mulheres tão lindas quanto a jovem que o trouxera estavam sentadas na cama de lençol de cetim preto.

Ambas estavam nuas e olhando mais atentamente percebeu que elas tinham inscrições semelhantes a que ele tinha no próprio corpo. Olhavam-no com desejo e malícia, e ele sentiu o desejo inundar seu corpo, queria possuí-las, afogar-se em seus corpos. Virou seu rosto em direção a jovem e disse:

- É verdade então? – Recebeu um aceno deliciado dela em resposta.

Ambas as mulheres se levantaram e vieram ao seu encontro, uma delas - a morena - sorriu e trouxe-lhe para a cama enquanto a segunda - uma loira - ajudou a deitá-lo no colchão. Enquanto uma desamarrava suas mãos a outra o beijava voluptuosamente e dava pequenos gemidos, ele tentou tocá-las, porém a morena voltara a amarrar suas mãos, desta vez separadas na cabeceira da cama.

Durante isso a jovem retirara toda sua roupa e se encontrava parada aos pés da cama olhando-o misteriosamente. Ele levantou a cabeça para encará-la, aquela mulher seria sua perdição, desde que se deitara com ela pela primeira vez só pensava em tê-la para si e não se concentrava do trabalho ou em casa.

Seu raciocínio foi embora quando sentiu uma das mulheres beijar-lhe a orelha e tão logo a outra deliciava com seu pescoço, não olhou para saber de qual delas era a mão passeando pelo seu peito arranhando-o vagarosamente.

Uma mão tocou seu sexo fazendo um gemido escapar de sua garganta, não conseguia ficar atento a tudo que sentia, era como se ele estivesse derretendo naquela cama e suas algozes deliciosamente vorazes o estavam deixando maluco. Poucos instantes depois uma boca se juntou a mão que estava em seu sexo. Uma boca carnuda beijou-lhe e ele sentia o músculo quente em contato com sua língua, ouvia os gemidos delas misturados aos seus e quando a boca se separou da sua ele já implorava:

- Por favor, me deixem tocá-las! Por favor, eu lhes rogo!

Olhava para a “sua” jovem, ela levantava o olhar do meio de suas pernas, era um olhar de predadora, ela passou a língua pelas lábios o provocando e sorriu. Ela por fim quebrou o silêncio.

- Queres o quê?

- Ele quer estar dentro de você. – A loira que estava inclinada na lateral do corpo dele foi quem respondeu. – Olhe para ele, está desesperado por senti-la.

- É o que desejas meu querido? – Ele acenou e enquanto ela se mexia para se sentar sobre seu sexo ele abriu a boca respirando pesadamente em antecipação. A mesma que havia respondido por ele olhou-o com malícia e mais algo que ele não soube identificar.

A jovem posicionou-se em seu colo descendo devagar, o sexo dela estava todo molhado e ele fechou os olhos entregando-se ao prazer. Ela rebolava languidamente em seu colo como se estivesse ao ritmo de alguma música e as outras duas beijavam-lhe, mordiam e arranhavam seus braços e peito.

Era enlouquecedor, sentia tudo e não conseguia focar em nada, cada uma das “convidadas” segurava-lhe um pulso enquanto lhe tocavam com a outra mão e boca. Foi nesse momento que ele teve um lampejo de lucidez e decidiu abrir o olhos para ver a cena deliciosa ao qual ele era o elemento principal. A jovem mulher segurava uma adaga e descia ela provocando-lhe cortes pelo tronco, o líquido escarlate brotava dos cortes e ela desceu sua boca até um deles passando a língua e sorvendo seu sangue.

Ele tentava se mover, porém tinha o corpo paralisado, apenas seus olhos moviam-se e ele começava a ficar assustado com aquilo tudo e como se estivesse lendo sua mente a morena falou ao pé de seu ouvido:

- Um pouco tarde para isso, apenas se entregue. – E com isso ele sentiu uma mordida forte em seu pescoço, abriu a boca para gritar, entretanto um murmúrio sofrido saiu de sua garganta.

Sabia que deveria estar gritando e tentando sair dali, mas seu corpo desconectara de sua mente, imaginava estar com um olhar horrorizado, mas sentia seu sexo excitado com tudo aquilo que acontecia e ele estava chegando ao ápice. Com a jovem movimentando em seu colo, outra com os dentes fincados em sua garganta, a terceira mulher entrou em seu campo de visão, ela se aproximou da jovem e a beijava, passava suas mãos pelo corpo da outra que fechou os olhos em êxtase.

Observou a mulher retirar a adaga da mão da outra, porém passava ela lentamente entre os seios da jovem sem causar-lhe qualquer dano. Se ele não estivesse a mercê delas e todo com o corpo fodido ele acharia aquilo sexy para porra. A mulher o olhou parecendo voltar a notar sua presença.

- Está na hora. – E sim, estava. Ele sentia que estava para gozar como nunca acontecera e quando separou os lábios sentindo seu orgasmo arrebatando seu corpo começou a fechar os olhos instintivamente e sua última visão foi a mulher vindo com a adaga em direção a sua garganta e depois disso tudo ficou escuro.

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